Love: Andmoreagain

O "Forever Changes" está em todos os tops de melhores discos de sempre. É por isso que devem gostar dele? Claro que não! Mas se forem esquisitos, fiquem a saber que vendeu muito pouco. E foi o disco que destroçou a banda.

A música escolhida desta vez foi o "Andmoreagain" e era uma das favoritas em concerto. O compositor é o magnífico Arthur Lee (maluco, mas o que é que isso interessa).

Esta é certamente uma música de amor... Seja lá o que isso for, embora com forte influência de um pH baixo ;)

Frank Zappa: Watermelon in Easter Hay

Zappa é sem dúvida um dos maiores génios do século XX. Esta música retirada do "Joe's Garage" é um dos pontos altos dos discos (mas tem mais ;). Para além do trabalhador formiguinha, Zappa é um guitarrista fenomenal como podem contemplar neste vídeo. Steve Vai diz que chorou numa das interpretações desta música, e ficou extremamente frustrado por não se ter gravado tal momento. Zappa respondeu, qualquer coisa tipo: "E?... tu é que tocas muito :)"

Mägo de Oz: Molinos de viento

Esta foi das bandas que mais me surpreendeu nos últimos anos. Uma mistura de "Heavy" com "folk" (folkmetal, acho tanta piada ao nome) produzida pelos nossos vizinhos espanhóis. Sabia quem nem bom vento, nem bom casamento, mas não sabia que tinham bom "folkmetal" (cómico o nome...).

Para quem tiver mais curiosidade pode ainda ouvir "Hasta que el cuerpo aguante" e se a partir daí continuam interessados, estão tramados... Vão ter que ouvir tudo.

PS: Nem tudo é branco ou negro, tudo depende da matiz ;)

Michael Jackson: The lady in my life

Mais uma lamechas... Sorry...

Guns n' Roses: Estranged

Muitos dizem "November Rain", eu digo "Estranged". Poderia dizer tantas outras, mas preferi começar por aqui as referências aos Guns...

Estranged: Tornar-se um estranho de alguém que até recentemente era próximo, como um parente, amigo, amante ou esposo...

Confesso um gosto especial por esta música, com os seus solos de guitarra, paragens mais preenchidas com piano, e com o "killer riff" inicial do Slash. A letra é das melhores que os Guns nos deram.

Apreciem ;)

Michael Jackson: One day in your life

Esta é uma música que me faz sempre pensar no futuro com nostalgia do passado, estranho... Confesso encontrar neste tema uma beleza imensurável.

Michael Jackson:You were there

Esta actuação no espectáculo de tributo ao Sammy Davis Jr. marcou-me também pela sua simplicidade e expressividade...

Michael Jackson: Billie Jean

Sinto-me mesmo mal em colocar este post... Há muitos dias que ando para colocar aqui uma música do Michael Jackson e apenas hoje depois de saber da sua morte é que vou colocar... A única coisa que me deixa menos "inoportuno" é o facto de sensivelmente à hora da sua morte eu ter dito que ele devia ser dos únicos artistas com músicas que mais ninguém consegue cantar (estava a ouvir o Billie Jean cantado em "jazz").

Tenho que confessar que foi o primeiro artista de quem fui fã. Até sabia muitas das coreografias das suas danças e numa fase da minha vida alguns até me chamavam de "Bad" (porque era mesmo mau ;)

O Michael tem muitos momentos com valor incalculável e vou deixar aqui alguns deles. O primeiro, a fantástica actuação do 25º aniversário da Motown onde fez pela primeira vez o "moonwalk"... Apesar de esta ser uma dos maiores momentos da história da música, Michael chorou no fim da actuação porque falhou um passo. Deveria ter ficado em bicos de pé a seguir a roda depois do "moonwalking", mas se repararem não fica "perfeito" (3:43).

Billie Jean é uma das músicas da minha vida... Obrigado, Michael...

Joni Mitchell: A Case of You

Sem palavras...

Roger Glover: Love is all

Sempre que me falam do clip do "We all stand together" do Paul McCartney (que de certeza que colocarei aqui brevemente), lembro-me sempre deste.

Adoro esta música e este vídeo e faz-me voltar a minha pré-adolescência. O Roger Glover é o baixista dos Deep Purple por isso, respeitinho... (também colocarei qualquer coisa brevemente :P).

Lembrem-se "Love is all" ;)

Danny Elfman: Sally's Song

Este é um dos meus temas favoritos de uma das minhas bandas sonoras preferidas: "The Nightmare before christmas". Este filme é musicalmente inovador para um filme da Disney por ter uma grande quantidade de temas. Habitualmente existe apenas um ou pouco mais temas que são explorados até a exaustão. Aqui temos uma dezena de temas...

Dire Straits: Why worry

Os "Dire Straits" (aka Mark Knopfler :P) produziram no início dos 80 o fantástico disco "Brothers in arms". Embora pudesse tirar tantas músicas de lá (Walk of life, Money for nothing, Brothers in arms, Latest trick, So far away, ...) escolhi este "Why Worry".

A letra embora com um toque infantil está cheia de esperança:

I'll chase away those restless fears
That turn your blue skies into grey
Why worry, there should be laughter after pain
There should be sunshine after rain

Espero que gostem...

Sandy Denny: Who knows where the time goes

Este blog é sobre música, mas também é sobre os sentimentos que as músicas despertam. Esta música tem uma influência incalculável no mundo da música. Será sem dúvidas uma das melhores músicas da "British Folk" (perdoem-me esta etiqueta) e até ganhou recentemente o título de "Favourite Folk Track Of All Time" numa sondagem da BBC.

Confesso-me amante das músicas nostálgicas e esta é um excelente exemplo. Desde a letra até a voz melancólica da maravilhosa Sandy, passando pelos acordes com variância na sua força e espaçados na guitarra.

A música "original" encontra-se no "Unhalfbricking" dos "Fairport Convention". Esta versão é bastante interessante embora o vídeo não seja muito relevante. Mas o que interessa é mesmo ouvirem...

Who knows where the time goes...

Procol Harum: A Whiter Shade of Pale

Esta é especial. Muito especial. Faz acordar tanta coisa em mim, faz-me viajar, faz-me sonhar...

A melodia é, supostamente, inspirada de um tema de Bach, mas há tanto que realmente merece destaque nesta música. A voz, fantástica, que carrega toda a emoção possível, o som incrível do órgão Hammond, o ritmo que nos marca a cadência do nosso pulsar, a linha do baixo que desce enquanto os acordes se vão modificando e finalmente a letra totalmente "psicadélica".

O vídeo, embora sem grande animação ;), mostra a beleza de uma época que me toca.

Não queiram mais nenhuma versão. Esta é a definitiva: a original dos "Procol Harum".

Bob Dylan: Mr. Tambourine Man

Mais um incontornável da música, diria mesmo um dos pilares da revolução musical, Bob Dylan. Este é dos temas que conheço com mais covers, muitas delas até excelentes!

Uma história engraçada desta música é ter sido gravada mais cedo do que pelo próprio Bob Dylan pelos "Byrds". Ambas as versões estão no top das 500 melhores músicas da revista "Rolling Stones".

Com certeza aparecerão aqui muitas outras músicas de Dylan, aquele que para mim foi dos primeiros a levantar a consciência na música (embora não simpatize muito com ele :$)

Fairport Convention: Fotheringay

Esta emblemática música tem muitas histórias para contar. Por um lado é a história da Mary, Rainha dos "Scots". Foi o castelo onde ela foi julgada e executada (quem gosta de criptografia deve procurar mais informação sobre ela - mas é irrelevante para este espaço). De outro lado, é o nome do grupo que Sandy Denny, vocalista carismática, irá formar assim que sair dos Fairport. Finalmente, e mais importante é a primeira música do fantástico "What we did on our holidays".

A música tem o toque suave e mágico da Sandy, que canta e compõe este título. As referências celtas são incontornáveis e a beleza das harmonias são intocáveis.

Gram Parsons & Emmylou Harris: Love Hurts

Hoje é dia de músicas com títulos de coração partido. Sem nenhum motivo especial, apenas porque estive a rever a minha discografia à procura de clássicos e, encontrei mais este. A primeira versão gravada foi pelos "Everly Brothers", mas esta combina duas vozes fenomenais: Gram Parsons e Emmylou Harris. E este é o principal motivo desta escolha. Tanto um como outro merecem um grande destaque. Espero que gostem...

Neil Young: Only Love Can Break Your Heart

É mesmo isso: Only love can break your heart ;)

The Beatles: The long and Winding Road

Hoje quando ia a passear o scooby, a estrada estava completamente escura. Apenas se via umas luzes de umas casas ao longe. No entanto, à medida que avançava, a estrada parecia iluminar-se. Em especial quando olhava para trás. No fundo a vida é assim... Por vezes parece que caminhamos no escuro, mas há mais do que luz suficiente para ver o que é essencial. Muitos caminham ofuscados sem se aperceberem disso enquato outros brilham sem verem a sua própria luz.

Obviamente, esta música é McCartney puro (lembrem-se da "cena" é de quem canta) e é retirada do "Let it be". Espero que gostem ;)

Serge Gainsboug: Je suis venu te dire que je m'en vais

Estava a ouvir esta música e não resisti em colocá-la aqui. "Je suis venu te dire que je m'en vais" (Vim aqui dizer que me vou - num contexto de fim de relação). Serge é um compositor com uma influência incrível em toda o panorama musical. Muitas outras músicas poderiam ter sido aqui colocadas (La Décadanse, L'anamour, Aux Enfants de la Chance, Je t'aime moi non plus).

Neste tema Serge canta o final de uma relação. Nada que a outra pessoa possa fazer mudará o desfecho. Mostra a tristeza de um final que teve dias felizes, mas pouco fala sobre o momento do presente. (NDR: Será que valeria a pena falar se o final é inevitável?)

Serge é também muito conhecido pelas polémicas em que facilmente se via envolvido. Mantendo (quase) uma dupla (Gainsbourg / Gainsbarre) com comportamentos tão dispares que roçava o squizofrénico.

Os vídeos que deixo são: A música em concerto, com a postura "Gainsbourg", que poderia facilmente ser uma das personagens das músicas de Tom Waits - diria mais, uma inspiração e um vídeo dos tais "escandalosos" (embora ele tenha melhores).

PS: Reparem no "medo" do apresentador,porque o resto irão reparar facilmente ;)

David Bowie: Rock 'n Roll Suicide

O rei dos camaleões, David Bowie, apresenta-se aqui com um tema fantástico retirado do famoso "The rise and fall of Ziggy Stardust and the spider from Mars". Confesso gostar mais da versão do disco do que esta ao vivo, mas assim podem ver mais qualquer coisa ;)

Aprecio especialmente a letra e nota-se aqui (e não só) a fase de influências da música "francesa" (em especial de Jaques Brel).

Notas:

• Bowie tem uma discografia vastíssima e variadíssima. Dos albuns mais antigos recomendo fortemente o "Ziggy Stardust" e o "Low".
• Algumas das músicas que não podem perder são: "Heroes", "Life on Mars" e "China Girl".

Leonard Cohen: Dance Me To The End Of Love

Quem me conhece musicalmente, e não só, sabe o quanto eu aprecio Leonard Cohen. É muito difícil conciliar talento, humildade, simplicidade, genialidade, beleza, ... como ele consegue fazer.

Esta música diz-me muito por ser, muito provavelmente, a primeira música que conheci dele. Deveria ter uns 10 anos... O tempo passou, e a minha paixão ficou. O "la la, la la la la la la" continua a levar-me numa valsa que ainda não parou.

Eu gosto de viver a vida com intensidade e, assim, como todas as sensações, o "Love" deve ser vivido sem medo do seu final, sem medo de aumentar, sem medo...

Dance me to the end of love ;)

The Moody Blues: Nights in White Satin

Lembro-me de ler que esta música era o "Slow Mortal"... Muitos hoje já não se lembram do conceito de slow. Esta era uma dança "romântica" que nós, em especial adolescentes, desejávamos ansiosamente que passassem nas festas para poder dançar com "aquela" pessoa especial.

Os Moody Blues são uma banda de ocasião porque foram criados para fins completamente diferentes. Estes tinham como objectivos criar uma nova versão rock da "New World Symphony" de Dvorak utilizandos as últimas tecnologias musicais mas acabaram por gravar o "Days of Future Pasted", disco de onde é retirado este "Nights in White Satin".

Esta é uma música que pode utilizar deitado num sofá enquanto medita ou sonha.

PS: Gosto especialmente do estilo do "gajo" de bigodes do vídeo ;)

Tim Buckley: Sing a Song for You

Voz interior: - Olha, não estás a exagerar com Tim Buckley? Lá por ele ser a tua voz preferida, não deverias colocar tantos posts com ele. Já é o terceiro. Foi o único que repetistes até agora...

Voz exterior: - OK, isto está a ficar complicado. Já não basta falar comigo mas tenho que fazer posts desta minha loucura na Internet.

"Sing a song for you", mais uma pérola deste espírito que dança com o diabo. Esta faixa termina de uma forma fantástica o "Happy/Sad", disco incontornável de Tim Buckley. A simplicidade desta música contrasta com a sua beleza. Espero que gostem...

Haim Sabam & Shuki Levy: Les mystérieuses cités d'or

Quando me perguntam o que queria ser quando era pequeno, é sempre difícil não responder Spider-man ou o Esteban (o filho do sol). Principalmente porque continuo a querer ser um deles (ou os dois ao mesmo tempo).

Sem dúvida que esta série me marcou. Recentemente voltei a ver toda a série com a excepção do último episódio... Sniff, Sniff... Não aguento... Eu sei o que vai acontecer... Mas o que esta série tem que poucas outra conseguem é uma banda sonora de qualidade intocável. Este é claramente "O" tema da série, mas muitos outros são fantásticos (lembro-me especialmente do vôo do condor).

Obrigado às cidades do ouro por me terem feito feliz e terem contribuído para muito dos meus sonhos.

P.S: De vez em quando ainda sonho que estou a conduzir o condor ;)

Tim Buckley: Dolphins

Um dos "problemas" deste espaço é relativo aos vídeos aqui apresentados. Raramente são vídeos de qualidade. Hmmmm... porquê? Simplesmente, porque grande parte das músicas que vos trago não tiveram direito a video-clip. Por vezes nem tiveram a atenção que lhes era de direito. A música que aqui queria colocar era "Phantasmagoria in two" do Tim Buckley, mas por não encontrar nada com a mínima qualidade escolhi outro tema "assombroso": Dolphins (o tema original é do Fred Neil, referência incontornável do Folk-Rock).

A música fala de pesquisa. Obviamente não me parece que os interpretes procurassem golfinhos no mar (embora fosse um bom local para os procurar, com certeza melhor do que num jardim zoológico, onde não serão "verdadeiros"). Eu "leio" uma pesquisa pela paz interior, e a consolidação de um amor. E vocês? (já agora obrigado pelas 30 visitas diárias que têm dado a este espaço).

Ah, but sometimes i wonder, do you ever think of me...

Cocteau Twins: Cherry-coloured funk

Prometo não voltar a repetir esta peripécia desagradável de colocar 3 músicas online seguidas. No entanto, lembrei-me desta música antes de me ir deitar, e tenho que a partilhar com vocês.

Este tema é fantástico, principalmente por dois aspectos: a voz da Elizabeth Fraser e a sonoridade das guitarras. Esta música foi retirada de um dos meus discos preferidos: "Heaven or Las Vegas".

Em relação à letra, boa sorte para a entenderem. Lembro-me de encontrar sites sobre "possíveis letras" de canções dos Cocteau Twins. O nome das músicas também são engraçados, tal como este tema: Cherry-coloured funk.

O vídeo, mais uma vez, não tem nada a ver, mas como gosto muito do filme "Blade Runner" vou permitir este "castigo".

Jolie Holland: Flood of Dreams

Dois "posts" praticamente seguidos para não estragar a média de uma música por dia. Tal como prometido...

Ontem fui ver um filme que gostei muito: "King of California" (não vou falar sobre o filme) e no final ouvi esta música que me cativou imenso. Confesso não conhecer a "senhora", tenho que me actualizar mais, mas pelo que pesquisei, acho que vou gostar de a conhecer (a música dela).

Sem mais comentários deixo-vos a música...

Jerry Goldsmith: Papillon

Mais um tema de uma banda sonora: "Theme from Papillion". Como é habitual neste estilo o tema vai modificando-se e adaptando-se ao filme. Um dos momentos finais do filme "carrega" com esta melodia um dos melhores momentos vídeo/som que me lembro.

Jerry Goldsmith, que faleceu em 2004 (ainda bem que fui confirmar datas porque ia colocar que morreu no ano passado... Parece que foi tão recente), é responsável por temas tão fantásticos como os "Gremlins", "The Russia House", "Basic Instant" e muitos outros.

Este tema toca-me especialmente pelo uso do acordeão (lógico dado a "origem" da personagem principal do filme). A melodia é do mais melancólico que me lembro... E sim, para-me a respiração ouvir este tema.

Vejam o filme, ouçam o filme, leiam o livro. E always "watch good music" ;)

Joy Division: Love will tears us apart

Os Joy Division aparecem na explosão punk inglesa mas com uma atitude completamente diferente da existente na altura.Embora contenha a carga eléctrica do movimento, contrastam-na com melancolia e depressão.

Este tema foi o último single do grupo e, sem dúvida, um dos melhores. Certo que é do mais "comercial" (seja lá o que isso for) que fizeram, mas não deixa de ser uma obra de arte. O título é assombroso: "Love will tear us apart" e a letra traduz, certamente, muito do que se passava na altura de Ian Curtis...

Qualquer verso é de uma beleza dura: "When the routine bites hard / And ambitions are low / And the resentment rides high / But emotions won't grow / And were changing our ways / Taking different roads / Then love, love will tear us apart again".

Notas:

• Ian Curtis suicidou-se cerca de um mês depois do lançamento deste single...
• Aconselho MUITO o fantástico "24 hours party people" onde podem também ficar a saber um pouco mais sobre este (e muitos outros) grupo.

Charlie Chaplin: Limelight

Não sei qual é o sentido da vida, mas marcar os outros parece-me algo de muito importante para valer a pena ter vivido. Chaplin marcou-nos com os seus filmes, que ainda hoje me fazer sorrir, rir e chorar (às vezes sem ser de rir). O que muitas pessoas não sabem é que este génio também compunha. Esta música tem o "dedo" de Chaplin e é... Lindíssima. Tara ti ta ta, ta ti ta ta...

Notas:

• Chaplin escreveu e dirigiu este fantástico filme que todos devem ver.

Erik Satie, Gnossienne n.º 4

Estou em 1994 e acabei de ter um "stress" com um cromo qualquer (por um motivo muito digno ;) Passado uns minutos o mesmo gajo senta-se ao piano e toca este tema. Fiquei completamente petreficado... Desejava desesperadamente saber o que era e de quem era. E agora? Tinha que falar com aquele tipo? Não tive hipóteses, fui lá perguntar e aqui está ele para vocês ouvirem. Sai bastante daquilo que tenho posto, mas isto é que é música unisexo.

Não sei se Satie tinha alguma alcunha entre amigos. Se eu fosse amigo dele dar-lhe-ia como nome: "Pianista-para-cortar-os-pulsos"...

O vídeo foi escolhido sem grande cuidado, embora me parecesse muito boa esta interpretação.

Post Scriptum: Não se esqueçam que podem colocar comentários neste espaço ;)

Crosby, Stills and Nash: Helplessly Hoping

Para finalizar o grupo das harmonias vocais, deixo-vos CSN (Crosby, Stills and Nash) com "Helplessy Hoping". Esta música é, para mim, um dos melhores exemplos. Quando descobri que existiam processadores de efeitos que simulavam várias vozes, pensei para mim, fixe era usarem esta música dos CSN para mostrar o que é bom. Que grande surpresa quando vi que era mesmo esta música que usavam!!! Para os mais curiosos podem seguir esta ligação.

Aconselho vivamente o primeiro disco deles: CSN e o primeiro com Neil Young, o "Dejá vú". 

Notas

• Este grupo é frequentemente "aumentado" com o fantástico Neil Young (CSNY);
  
• CSN têm fama de estarem frequentemente chateados. Não me interessa, o que conta é que vão continuando a actuar e a resolver os problemas deles ;)

The Beatles: Because

Mais uma música na saga das harmonias: "Because" dos Beatles. Os Beatles são para mim a banda mais influente de sempre. Tocaram e revolucionaram praticamente todos os quadrantes da música.

Este Because foi inspirado na "Moonlight Sonata" de Beethoven, quando Yoko Ono tocava este tema para Lenon. Lenon pediu-lhe que tocasse os acordes na ordem inversa, surgindo assim a base para este fantástico "Because".

Esta música possui fantásticas harmonias vocais de três vozes, mas sobrepostas várias vezes. A letra é simples, mas combina perfeitamente com este because, porque... (preencher ao vosso gosto).

Notas:

• Este tema faz parte de um dos meus discos preferidos de sempre, o "Abbey Road". Este disco é o verdadeiro canto do cisne dos Beatles.
• Apesar de todas as músicas do Lenon e do McCartney terem créditos para os dois. A música era normalmente do cantor principal da música.

The Beach Boys: Forever

Forever, é segundo Brian Wilson, "... a rock and roll prayer". Para mim, "The Beach Boys", "The Beatles" e "Crosby, Stills and Nash" (and Young) são os três grupos com melhores harmonias que conheço. Esta música é um exemplo paradigmatico disto. Brevemente colocarei um tema de cada um dos grupos que referi. 

Este tema é dos poucos "famosos" que não foi composto por Brian, mas pelo seu irmão Dennis Wilson.

O vídeo é mais um "fraquinho", mas ou era isto ou a música estava muito má ;)

Esta música deve ser cantada frequentemente quando o nosso coração bate de forma irregular (seja lá o que isso quer dizer): "If every word i said could make you laugh i'd talk forever...". Para mim, tudo o que refere o infinito misturado com alguma sensação causa sempre impressão... Nem que a sensação seja boa. Imaginem um amor infinito... Imaginem um sofrimento infinito... Não serão estes dois, duas faces da mesma moeda?

Notas:

• Esta música é retirada de um dos meus discos preferidos dos Beach Boys: "Forever" que recomendo vivamente. Podem comprá-lo normalmente a um preço muito acessível (abaixo dos 10€) juntamente com o "Surf's up";
• Brian Wilson, líder do grupo, foi recentemente votado como o 2º mais maluco da história do Rock. Um exemplo: no final de um concerto, Brian cumprimento uns jovens ao qual se apresenta: "Olá, sou o Brian", ao que respondem os miúdos, "nós sabemos, pai...". Mais malucos em: http://www.blender.com/guide/67424/50-craziest-pop-stars-ever.html

Legião Urbana: Índios

Esta música dos Legião Urbana, deixa-me petrificado sempre que a ouço. Consigo viajar no tempo até a altura em que a ouvi pela primeira vez. Com quem estava, onde estava sentado e... o que senti(a) na altura. E isso já foi há 9 anos...

A letra desta música contem alguma das frases mais fortes que já ouvi. "Quem me dera / ao menos uma vez / provar que quem tem tem mais / do que precisa ter / quase sempre se convence que não tem o bastante / Fala demais por não ter nada a dizer" ou "Quem me dera / ao menos uma vez / entender como um só Deus / ao mesmo tempo é três / esse mesmo Deus / foi morto por vocês / Sua maldade, então Deixaram Deus tão triste". Mas toda a letra é muito boa.

Deixo duas versões completamente diferentes da música. Uma "à la" "Enola Gay" e outra mais dentro do estilo acústico da Legião.

Notas:

• Renato Russo, líder e vocalista incontornável da banda, morreu com sida em 1996;
• Renato é considerado por muitos o maior compositor de rock brasileiro;
• No final da sua vida, Renato só queria que o pai o aceitasse como homosexual e alcólico... Aceitou.

Tom Waits: All the World is Green

Por vezes o mundo pode ser pintado de muitas cores. Uns pintam-no com um desejo por dinheiro, outros por poder. Outros querem a sua vida preenchida de amor e amizade e outros apenas desejam uma boa banda sonora.

Tom Waits (en)canta-nos frequentemente o lado mais "escondido" do mundo: a prostituição, o alcool e a desgraça. Afinal, é o piano dele que bebe...

Esta música tem uma letra que considero fantástica, mas nem me atrevo a interpretá-la... "You turn kings into beggars, and beggars into king" é uma das minhas frases preferidas. Quem nunca experimentou esta sensação... e em que contexto...

Ouvir esta música é também pensar na vida em várias cores, mas também como mendigo ou como rei...

No final deste vídeo podem ainda conhecer uma faceta muito presente no Tom, o seu sentido de humor.